sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Turma de EJA EBM Leopoldo Simão

Turma de EJA EBM Mário Bonessi

Lembranças da Dª Rosa - Rimas curtas de amor

Dona Rosa é uma educanda muito especial! Quem a conhece, não esquece jamais! Está junto com a EJA Integração há 3 anos! Alfabetizou-se e agora freqüenta as aulas na turma da escola Leopoldo Simão. Agora, Dona Rosa nos brinda com estas pequenas rimas curtas que escreveu junto com uma amiga, relembrando os recadinhos de amor que recebia e enviava na juventude!

Obrigada à educadora Angela que nos encaminhou esse trabalho e parabéns a Dona Rosa, que continue nos ensinando sempre!


Meu nome é amar,
meu sobrenome é sofrer,
meu apelido é sonhar,
meu sonho é você.

Seu nome é lindo,
fácil de escrever.
Bom de pronunciar
mas difícil de esquecer.

Se um pingo de chuva for felicidade,
desejo-lhe uma tempestade.

Entre todas manias que tenho ,
uma delas é gostar de você.

Em cada estante um livro
em cada livro um porque,
em cada porque uma resposta
em cada resposta você!

Podem os rios secar
podem as montanhas desabar
mas uma coisa é certa:
nunca vou deixar de te amar.

Quando olhares para o céu, e ver
que vai chover, saiba que são meus
olhos que choram por não te ver.

Eu te desejo duas coisas, TUDO e NADA,
Tudo que te faça FELIZ e nada que te faça SOFRER.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

EXAME NACIONAL PARA CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DE JOVENS E ADULTOS


ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO



INSCRIÇÕES:
DATA: 06 A 31 DE OUTUBRO DE 2008






OU


PREFEITURA DE INDAIAL


SALA 204


HORÁRIO: MANHÃ 8:00 h às 12:00 h TARDE 13:30 h às 17:30 h


INFORMAÇÕES: 47 3317-8819 - 9919 6200


Leia o Edital em: www.indaial.sc.gov.br



PROVAS 13 E 14 DE DEZEMBRO DE 2008

MAIS UMA OPORTUNIDADE PARA VOCÊ CONCLUIR SEUS ESTUDOS!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Relatos dos/as educandos/as do Colégio Municipal

Estes são os relatos sobre TRABALHO que os educandos e educandas da turma de EJA do Colégio Municipal de Indaial construíram durante as aulas de informática com o auxílio dos seus educadores. Eles nos fazem refletir sobre as condições de trabalho, a rotina, o estresse, a pressão, os relacionamentos nos locais de trabalho, o cansaço e as lesões por esforços repetitivos a que estão expostos os trabalhadores e trabalhadoras desta turma. É ler e sentir!
Jonatan
Oi, eu sou o Jonathan Alencar de Souza e o meu dia de trabalho é chato.
Eu só me estresso com os outros porque eu quero ganhar a conta mas o encarregado não quer me dar!
Vou trabalhar todos os dias sem vontade. Até têm alguns setores que são bons de trabalhar, mas...
Eu acordo todos os dias às 5:00h, paro às 9:15h para o café e recomeço às 9:45h. Eu chego em casa às 14:20h .
Meus dias são assim: do trabalho para a escola. Eu faço o EJA - Educação de Jovens e Adultos -porque eu não quis estudar quando podia. Agora estudo e trabalho todos os dias. Quando vou trabalhar, escuto que existem pessoas que gostam de trabalhar lá, eu até entendo que emprego não é fácil de achar, mas lá eu não gosto de trabalhar, não! Vou achar outro emprego em outro lugar, como estamparia, pra ver se me dou melhor na vida!
Gislaine - O stress do trabalho
Segunda-feira...começo o dia com a cabeça parecendo que vai explodir de tanta dor! É a maldita enxaqueca, segundo o que o médico falou.
A produção é a principal fala do dia-dia. Acho que mais alguns dias, ao invés falar em produção vamos falar em depressão!
Calada o tempo todo, lá estou eu. Poderia estar de férias agora, mas como tenho que trabalhar no final do ano, preferi deixar as férias para dezembro.
Aqueles que dizem ser colegas são uns chatos. Falam mal uns dos outros e sempre estão grudados. Já eu não consigo ser assim. É por isso que choro muito, sou nervosa, guardo a maioria das coisas para mim. Por exemplo: se eu discutir com uma pessoa no trabalho, como já aconteceu, aquela raiva no momento não sai, mas fica difícil olhar e falar com aquela pessoa com a mesma amizade de sempre.
O encarregado é um excelente profissional. Tem me tratado muito bem. É um vai e vem, uma correria! O horário do café então, é uma merda! Não se tem tempo nem de esfriar a cabeça e já se tem que voltar ao trabalho.
As pessoas deveriam ser unidas e sinceras umas com as outras. A maioria dos meus colegas de trabalho riam pra mim...conversavam como se fossem meus colegas, mas eu sei que eles não estavam sendo verdadeiros e tudo isso me estressa muito.
É aí que eu me sinto sozinha... e a hora não passa...
Felipe - Meu dia de trabalho!
Acordo às 4:30h da manhã, troco de roupa, tomo um café, como alguma coisa, escovo os dentes e vou trabalhar. Não posso demorar muito pois começo às 5:00h.
Gosto do que faço, mas nem sempre corre tudo bem. Têm dias que é melhor nem sair da cama, que dá tudo errado.
Às 9:15h paramos pro café. Muitas vezes tenho vontade de fugir, mas acabo ficando. Às 9:45h tudo volta ao normal. Trabalho até às 14:18h. Saio do trabalho bem cansado e volto pra casa para descansar, pois hoje é só segunda-feira!

Douglas - Um dia de trabalho
Hoje foi um dia puxado para mim. Eu acordei às 4:00h e isso para mim é muito ruim. Eu acho que o trabalhador não deveria acordar este horário.
Na firma que eu trabalho as pessoas estão muito revoltadas com o PPR e o salário, que é muito pouco para sustentar uma família com três pessoas.
O meu serviço envolve produção e por isso hoje estou muito casado. Os meus supervisores querem muita produção. Isso me deixa com raiva.
Eu adoro quando chega 1:30h, eu passo o meu crachá e vou para casa.
Arlinda - História do meu segundo e último emprego
Meu nome é Arlinda. Aos 34 anos comecei a trabalhar com carteira assinada. Comecei em uma confeitaria. Trabalhei de 1986 a 1991. Eu sempre trabalhei na roça desde criança, mas de carteira assinada só aos 34 anos. Trabalhei três meses como ajudante geral, depois passei a ajudante de salgadeira. Aprendi a fazer muito bem os salgadinhos, por isso passei a ser salgadeira profissional. Comecei a ganhar mais e trabalhar muito. Eu trabalhava 12 horas por dia nos finais de semana e até 15 horas durante a semana. Trabalhava de segunda a segunda e descansava nas terças-feiras. No final de semana, muitas vezes tinha que dobrar para dar conta das encomendas de salgadinhos. Dois anos depois comecei a sentir dores nos braços e principalmente no cotovelo direito. Meus ombros doíam muito. Eu ia ao médico e ele me dava 15 dias de atestado. Ficava em casa, melhorava, voltava ao trabalho e dias depois ficava mal outra vez. Trabalhei assim cinco anos e o que ganhei foi uma cirurgia nos dois ombros e nos dois punhos e muitas dores na coluna. Hoje tenho 56 anos e tenho dificuldade até para pentear os cabelos. Não consigo mais fazer massa de pão nem ariar minhas panelas, que eu gosto de ver brilhando, mas não tenho força para ariar. Eu me sinto quase inútil, mal dou conta dos meus afazeres domésticos, mas fazer o que? É a vida!
Tiago - Meu Dia -
Hoje comecei o meu dia mal, com muito sono. Dormi poucas horas. Acordei com frio, olhei para fora e estava chuviscando, não deu vontade alguma de ir trabalhar!
Lavei o rosto, tomei um café preto para passar o sono e saí para mais um dia de combate.
Cheguei no trabalho louco para chegar a hora de ir embora.
Elizandra - Minha rotina de vida
No começo, quando comecei a trabalhar, tudo era tão bom! Até tinham algumas coisas más, mas enfim, passava.
Depois começaram os esporros, a pressão, o tédio. Chegava no local de trabalho com o coração na mão e com medo de me incomodar. Já não era a mesma coisa, aquilo havia mudado. Eu olhava o pessoal passando na rua, todos pareciam felizes. Olhava para o relógio e as horas não passavam, eu pensava:
- Poxa! A hora não vai passar?
Passaram alguns dias e me obriguei a pedir a conta porque já havia me estressado o bastante. Acho que não é através de pressão que o trabalho irá melhorar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Poesia Trabalho e Direitos - Silvana Silva (EJA Tancredo Neves)

Esta poesia foi construída pela educanda Silvana Silva, que faz parte da turma de EJA da EBM Tancredo Neves.


Silvana baseou-se nas discussões feitas em sala de aula a respeito das temáticas: Direitos dos/as Trabalhadores/as, Saúde e Segurança do Trabalho e o Papel dos Sindicatos na defesa dos Trabalhadores/as para escrever seu texto.


Parabéns a educanda pela criatividade e aos educadores, por estimularem que Silvana mostre seu talento como escritora!



Trabalho e Direitos


Silvana Silva



Trabalho...


É incrível como essa palavra aparece sempre,


Desde que estamos, ainda, dentro de um ventre.


Uma mãe diz ao marido, ao doutor, S


em nenhum rancor ou ressentimento:


- Essa gravidez tá me dando trabalho!


- Esse parto me deu trabalho!


Realmente essa palavra sempre sai das nossas bocas,


E isso quase nos deixa loucas!


As mulheres, por exemplo, coitadas...


Sempre submissas e recatadas.


Deixando seus interesses de lado,


Pensando sempre em seus amados...


Falar só de mulheres eu não podia


Pois os homens sofrem pra ganhar o pão de cada dia;


Levantando sempre de madrugada


Com a marmita na sacola, pegando a estrada;


Quando tem marmita, ainda bem...


Muitos desses homens nem comida tem!


De sol a sol, de dia ou de noite


No carro, na máquina ou na foice


Eles estão sempre no batente.


Corajosos, felizes e contentes


Mas...um dia, dia de trabalho normal,


Um pobre homem sentiu-se mal.


Os seus colegas sempre diziam


Que trabalhar assim, não podia,


Pois trabalhava de noite e de dia.


E o trabalhador doente, na sua agonia


Deitado na terra fria.


- O que fazer?


- Não sei!


- Nesse país não tem lei!


Um doutor que vinha passando


A conversa ficou escutando


E os amigos continuaram conversando,


E a melhora do amigo ficaram esperando.


O doutor na conversa chegou:


- Prestei atenção no que você falou!


Os amigos em silêncio ficaram


E a explicação do doutor escutaram:


- Existe o sindicato e a lei trabalhista,


Para o agricultor, o mecânico ou a diarista.


- Não importa no que trabalha,


A lei demora, mas não falha.


O doente, agora sentado


Ficou ouvindo tudo calado.


Quer dizer que a lei existe? - um trabalhador ainda insiste!


Respondeu o doutor, sem demora:


- Vocês devem procurar seus direitos agora!


Os trabalhadores agradeceram,


Ficaram felizes com o que aprenderam.


Juntos o “tal sindicato” foram procurar,


Acreditando que a lei iriam encontrar.


Mas essa é outra história


Que outro dia eu vou contar


Sobre a justiça e a injustiça


Que pra vocês vou relatar.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Trabalhadores e Trabalhadoras - EJA Úrsula Kroeger - Relatos

Os educandos e educandas da turma da EJA da EBM Úrsula Kroeger, dentro das atividades propostas no Eixo Temático O MUNDO DO TRABALHO, construíram relatos sobre suas atividades profissionais com a ajuda da professora Edna. São história de vida cheias de coragem, determinação, força e persistência. Leia e emocione-se!
Meu nome é João Donizete Dal Prá. Desde os 14 anos de idade trabalho em marcenaria. Comecei como ajudante e depois de algum tempo me tornei marceneiro.
Gosto muito da minha profissão, de acordar de manhã para ir trabalhar. Lá eu faço todos os tipos de móveis, guarda-roupas, cozinhas, balcão para banheiro, cadeiras, etc...
Gosto dos meus colegas de trabalho e do lugar que eu trabalho porque lá eu ganho meu salário, eu e meus patrões nos entendemos muito bem, assim fica muito melhor de trabalhar. Hoje trabalho na marcenaria Móveis Vanelli há nove anos.
Alguns anos atrás eu tive um acidente de trabalho cortei meu dedo da mão esquerda.

Meu nome é Rute. Moro na rua Santo Antônio no Bairro João Paulo II. Sou costureira e meu local de trabalho fica a dez minuto da minha casa.
Na facção Nilmar, trabalho na máquina de cobertura fazendo bainha de manga, depois a roupa vai para a máquina overloque para fechar o ombro, pregar a manga e fechar a lateral, só depois ela volta para a máquina de cobertura para fazer a bainha de barra e assim terminar a peça.Gosto muito do que eu faço. Gosto do local do meu trabalho, me dou bem com os meus patrões que são pessoas muito boas e com as minhas companheiras de trabalho que são muito unidas, sempre uma ajudando a outra para a produção sair no final do dia.
Meu nome é Altair dos Santos. Comecei a trabalhar na metalúrgica Bellota no ano 2003. Em 2005 me encostei por causa do serviço repetitivo, que prejudicou a minha coluna e meus nervos. Eu trabalhava na linha de produção. Fazíamos enxadas, machados, enxadões, martelos, picaretas, cavadeiras, rastelos, foices, pás, enxós, fachos, garfos, goles e mareadas.

Meu nome é Adenir. Comecei a trabalhar na construção civil como carpinteiro na cidade de Blumenau. Construímos casas, prédios, galpões e também reformarmos casas.
Trabalhamos com madeira, que são tábuas de pinus para fazer as caixas que são as formas das colunas para colocar concreto e as colunas são para sustentação principal de uma construção junto com as vigas, que distribuem a resistência de uma coluna para a outra também as vigas dão sustentação da laje é uma placa de concreto armado que constitui piso ou teto.na construção usemos serrote, esquadro,linha,lápis,martelo,serra circular,serra manual, furadeira elétrica, EPI obrigatório botina, capacete, óculos,protetor auricular, luva, sinto de segurança.

Meu nome é Adalori. Moro na rua Santa Maria n 285, Bairro João Paulo II. Meu primeiro emprego foi como babá. Eu cuidava de um menino muito lindo, o nome dele é Tiago e eu tinha 14 anos na época. Depois trabalhei como empregada doméstica alguns meses. Eu gostava de trabalhar na casa daquela família porque eu aprendi muita coisa trabalhando lá. Mais tarde, já com 17 anos, comecei a trabalhar em uma indústria. Lá eu era auxiliar de talhação. Trabalhei alguns meses neste serviço, depois fui trabalhar em um super mercado onde trabalhei 6 anos como serviços gerais. Agora não estou mais trabalhando com carteira assinada, tenho problemas de saúde e recebo auxílio doença do INSS, mas mesmo assim faço meu serviço de casa, tenho uma filha de 12 anos e sou casada há 16 anos. Esta é um pouco da minha história de trabalho dos 14 anos até agora. Quando eu era criança, morava no sítio e aprendi a trabalhar desde muito pequena. Comecei ajudando minha mãe em casa, depois fui crescendo e cada vez fui fazendo trabalhos mais pesados. Ajudava a plantar fumo, milho, mandioca, batata-doce, cana de açúcar e depois, na época da colheita, eu tinha que ajudar a colher tudo que plantamos. Também ajudava a tirar leite, a tratar as galinhas, os porcos, os cavalos e todos os outros bichos que tínhamos no sítio. Agora estou estudando na EJA para quando eu melhorar do meu problema de saúde poder trabalhar e continuar a estudar.

Meu nome é Vidomar Batista. Comecei a trabalhar em Florianópolis faz trinta anos. Lá trabalhei três anos, depois me mudei para Indaial. Aqui iniciei o trabalho de carpinteiro e pedreiro. Foi difícil no começo da profissão. Faço todo tipo de construção: fundamento, coluna, cobertura, alvenaria e vigamento.

Meu
nome é Maycon. Sou auxiliar de serviços gerais. Trabalho na Uniasselvi ajudando no transporte de caixas, livros, documentos em geral e auxiliando encanador e eletricista. Meu trabalho começa às 13h30 e termina às 17h30. Vou de bicicleta da minha casa até o meu local de trabalho. Eu gosto de estar ali.
Meu nome é Valci. Sou auxiliar de serviços gerais. Tenho 29 anos e trabalho no corte de palmito há um ano. Tínhamos que trabalhar das 4h da manhã às 16h30h, cortando palmito de onze à doze horas por dia. Foi assim que meus problemas apareceram. Inicialmente no dedo, depois ombros e joelhos. Atualmente tenho que fazer uma cirurgia na mão direita, no dedo, por ter causado uma lesão no tendão. Também sinto dores nos joelhos, por ficar horas em pé e nos ombros, pelos movimentos repetitivos. Hoje, vejo que não deveria ter me dedicado, além das minhas forças, ao serviço. Estou com problemas e meu patrão não se importa com isso. Vejo que devemos trabalhar somente o que o corpo agüenta. Que isso sirva de exemplo a todos.

Meu nome é Gilson Cardozo. Sou eletricista e encanador. Minha rotina de trabalho começa às 7h até às 18h. É um trabalho onde sempre conheço pessoas novas, ao ar livre e fazendo atividades diferentes. É uma atividade boa mas tem seus riscos. Com a energia elétrica, qualquer descuido é fatal, mesmo com os equipamentos de proteção individual. E como encanador é preciso também muito cuidado.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

EJA Úrsula Kroeger

Turma de EJA da EBM Úrsula Kroeger

Relatos dos educandos da turma Maria da Graça

Na EJA Indaial, estamos estudando o Eixo Temático

O MUNDO DO TRABALHO.

Nas aulas com a professora Edna, os educandos contruíram relatos sobre as atividades que desenvolvem profissionalmente.

Vamos conhecer um pouquinho mais os/as educandos/as da turma de EJA da EBM Maria da Graça?



Meu trabalho
por Leocir Silva

Trabalho de segunda a sexta-feira, de Vigilante, numa empresa de vigilância privada. Meu local de trabalho é na Cooperativa de Crédito Via Crédi, situada na Rua Doutor Blumenau, bairro Encano,em Indaial.Todos os dias eu chego ao posto de trabalho, entro e verifico se está tudo em ordem, a instalação elétrica, a porta giratória, janelas, câmeras de segurança e o alarme. Tem que estar tudo ok, para poder abrir a porta para os cooperados e o público em geral.



Meu trabalho
Por Diomar


Sou jardineiro.
Meu serviço é limpar o quintal e terrenos das casas. Me chamam para cortar a grama, recolher as folhas secas adubar a terra e para o plantio de flores.


Meu trabalho
por Rita de Cássia

Meu dia de trabalho começa às 4h da manhã. Começamos, na empresa, às 5h e saímos às 13h. Saio de casa, encontro as colegas de serviço no ônibus, e vamos juntas para o trabalho numa empresa de conservas chamada Lorens. Começamos o dia entrando numa fila para bater o cartão e cada um vai para o seu setor. Meu trabalho é fazer as pesagens para a formulação dos produtos que serão feitos no dia. O trabalho que faço é muito gratificante, me sinto muito bem quando estou lá.


Meu trabalho
por Ednaldo


Eu trabalho como operador de máquinas na empresa, e sei que minha obrigação quando se procura um emprego é a responsabilidade que o trabalhador tem que ter. Eu gosto do meu emprego.


Meu trabalho
Por Neuza dos Santos

Sou costureira e estou encostada por problemas médicos. Meu trabalho era muito cansativo mas eu sinto falta porque tinha muitas amizades com as pessoas e hoje me sinto muito sozinha. Gostaria de estar trabalhando porque meu salário era bem maior do que recebo hoje. Se tivesse trabalhando poderia estar melhor por isso queria minha aposentadoria.


Meu trabalho
Por Nelson Franz


Eu trabalho na Benex. Sou Auxiliar de Calandra. Horário de trabalho: das 22h às 5h, 3º turno. Meu trabalho é auxiliar a calandra. O operador costura a malha na entrada da máquina, depois que a malha passar pelos cilindros, compactada, chega até o auxiliar, que sou eu, que corta os rolos de 20 kg e mando para a expedição!


Meu trabalho
Por Josiane Moura Marques


Eu trabalho na facção e confecção WR, de manual, das 4:30h as 13:30h. Corto os fios soltos das malhas. Na verdade eu não gosto de trabalhar nesta facção porque é muito cansativo e eu fico com as costas dolorida e as pernas também. As pessoas são muito chatas, uma quer saber mais que a outra, isso eu odeio. Quando eu acordo, não tenho vontade de me levantar, pensando no trabalho que é sempre a mesma coisa, pensando que vou rever pessoas de caras mal lavadas. Mas eu vou ao trabalho porque quando a gente quer algo na vida, tem que suportar tudo, coisas boas e ruins, por isso termino dizendo nunca desista de lutar, a vida nos espera.


Meu trabalho
por Cleonir S. Berto


Trabalho na Inco Fios. Meu trabalho é transformar o algodão em fios. Emendo fios quando rompem, troco maçaroca, tiro rolamentos para não pegar fogo. No meu serviço uso touca para proteger meus cabelos e protetor de ouvido porque tem muito barulho.


Meu trabalho
Por Nazarene S. Rosa


Trabalho na Indústria de Alimentos Lorens. Sou Auxiliar de Produção. Pego o ônibus às 4h20 da manhã e chego às 5h. Bato meu cartão, visto meu jaleco, minha touca e começo meu trabalho. Carimbo, abro e colo caixas, essa é minha rotina. Saio da empresa às 13h25.


Meu trabalho
Por Daniel Fantin

Trabalho na Tachibra. Meu dia começa como todos os outros, bato o cartão no relógio ponto, converso com o outro encarregado da manhã depois sento no meu banquinho e fico olhando os operários trabalharem. Logo depois vou para o despache, fiscalizar as caixas. Se está tudo em ordem, assinalo. Se tem alguém parado ou brincando, assinalo na prancheta e mando para o encarregado geral. Meu trabalho não é muito cansativo. No final do expediente, bato meu cartão. Espero meu pai e vamos para casa.


Meu trabalho
Por Jean Pierry dos S. de Souza


Trabalho como Jardineiro. Acordo às 6h, saio às 6h30 de casa, chego no trabalho às 7h25 e começo às 7h30. Às vezes tenho que trabalhar em um sol quente, carregar sacos e mais sacos de terra, adubo, grama, galhos e etc. Roço grama, rastelo. Varro, podo, capino, arranco grama, passo bombas e mais bombas de veneno ou seja me mato e ainda tem uns caras de pau que tem a coragem de dizer que jardinagem é coisa de vadio. É nada! É mais sofrido que servente de pedreiro! Saio ás 17h30 e às vezes, às 18h30, depende do patrão e da nossa competência de trabalhar. Chego em casa lá pelas 18h30 a 19h e além de ganhar pouco, sempre chego atrasado na escola. Saio da escola, vou tomar um banho e dormir pra no outro dia começar tudo de novo. Tenho apenas 17 anos de idade e agradeço a Deus por conhecer pessoas especiais na escola e professores excelentes.

Desfile 7 Setembro EJA Indaial 2008

A EJA Integração Indaial também esteve presente no desfile de 7 de setembro! Educandos/as, educadores/as reafirmaram através de faixas e cartazes que a EJA é um direito e deve continuar sendo garantido, pois é através dela que muitos/as cidadãos/as conseguem concluir seus estudos!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Poesias construídas pela turma Maria da Graça

Quem disse que na EJA não temos poetas? O pessoal da turma da EBM Maria da Graça deixou a emoção fluir e deu nisso...poesias maravilhosas!!! Parabéns à tod@s!

O TEMPO
por Maria de Lourdes Almeida e Rita de Cássia

Tempo vivido
Tempo com dúvidas
Tempo de desamor
Tempo de alegrias
Tempo sem flor

Tempo com horas
Tempo com dor
Tempo sem flor
Tempo com desencontros
Tempo de saudades
Tempo de amor

Tempo de vida
com flor
Amor
com dor...
Dor do tempo
Que mesmo
Vivido...
O tempo...
Passou

Vida
Por Diomar Vieira da Silva

A vida é o tempo.
O tempo passa
E nós, junto com ele.
Rimos...
Choramos...
Vivemos...
Na velocidade do tempo!

O Vento
Por Adélia e Rosa

O vento veio...
O vento traz paz...
O vento vem e vai...
O vento leva e traz...
O vento leva a tristeza
E traz a alegria.
Sem o vento...
Nós, não somos......nós...

A vida da viúva
Por Jean Perry e Daniel

Era ruiva a viúva.
Sozinha viajava,
Toda empolgada
Para encontrar
A pessoa amada.
Chegando atrasada
Ao destino combinado,
O amado não encontrara.
.........................................
Mas um dia
Um rapaz encontrou.
Mudou sua vida
Enamorada ficou...
Levou...
Jantar...
Almoçar...
Namorar...
Casar...
Viver...
Morrer...

Vida Vivida
Por Leocir

_Vamos pescar, Valdir?
_Não posso, vou dormir!

_Vamos ver o futebol, Valdir?
_Não posso, vou dormir!

_Vamos ao baile, Valdir?
_Não posso, vou dormir!

_Vamos para a missa, Valdir?
_Não posso, vou dormir!

_Vamos para piscina, Valdir?
_Não posso, vou dormir!

Deixa o Valdir!
Vou pescar...
Ver o futebol...
Vou ao baile...
À missa...
À piscina...
E ainda vou dormir!

Nosso cotidiano
Por Nelson Franz

Vamos brincar
Vamos dormir
Vamos acordar
Vamos estudar
Vamos trabalhar
Vamos o patrão ajudar
Para nosso salário ganhar
E a vida melhorar!


Por Cleonir S. Berto

A velocidade do trânsito
é mais forte que o vento.
Violentando a todos,
Acabando com viagens, trabalhos e sonhos...

E o tempo,que passa
Como o vento...
Levando...
todos os nossos
momentos...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

EJA Integração Indaial: Educação de Qualidade é Direito de Todos, independente da idade!

Para o Governo Popular de Indaial o acesso a educação adequada e de qualidade para jovens e adultos é mais que uma exigência de mercado, conforme se justifica normalmente. Entendemos que a educação é um direito subjetivo, uma exigência ética, que cobra uma dívida histórica com relação a políticas públicas de educação, para a grande maioria da população brasileira e, em especial, para todos que tiveram este direito negado. Dentro desta perspectiva, a Educação para jovens e adultos constitui-se numa educação para a cidadania, que prepara as pessoas para a vida, ajudando na capacidade da reformulação de processos de desenvolvimento justos, sustentáveis e solidários que contemplem a vida e a sociedade em todas as suas dimensões e facetas.
O Programa EJA-INTEGRAÇÃO é a oportunidade que Jovens e Adultos têm para concluir o Ensino Fundamental de forma diferenciada do ensino regular. O currículo, a metodologia e o trabalho pedagógico atendem às necessidades de aprendizagem dos educandos, valorizando os saberes construídos fora da escola, que são fundamentais no processo de aprendizagem no contexto escolar.
Considerando-se o fato de que a grande maioria dos jovens e adultos de nosso município já teve alguma experiência educacional e que esta, muitas vezes, foi marcada pela falta de êxito (incutindo nestes educandos a idéia do “fracasso” ), a insuficiência da escolarização acarreta deficiências e carências sócio-econômicas e vem a colaborar com o sentimento de impotência do ser diante da vida.
Torna-se imprescindível o trabalho da valorização do indivíduo e de sua auto-estima, o desenvolvimento de sua criatividade, potencialidades e opinião, preparando-os para o efetivo exercício de sua cidadania.
A proposta de trabalho no programa EJA-INTEGRAÇÃO exige, de todos os educadores e educadoras envolvidos no processo, transformações fundamentais.
A unidocência (ou seja, “quando um professor trabalha todas as disciplinas”...) é um elemento metodológico marcante e fundamental para o PROGRAMA EJA- INTEGRAÇÃO. É imprescindível para superação da fragmentação dos conteúdos, pois estabelece um processo de integração das disciplinas. A prática unidocente desafia a ensinar e aprender, aprender e ensinar, e mais do que isso, tanto educadoras e educadores como educandas e educandos compreendemos que a aprendizagem é um processo contínuo e inesgotável, pois se constrói a partir da relação com o outro, onde as diferentes áreas formam uma totalidade articulada entre si, que mudam a concepção de mundo para melhor viver e estar nele.
Para isso, nossa práxis (ação/ teoria/ reflexão) está baseada em valores como a ética, autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem-comum no cotidiano do processo pedagógico.
Para viabilizar o trabalho coletivo dispomos de duas tardes de formação, que são momentos de socialização de idéias, avaliações, elaboração de material, planejamentos, encaminhamentos, intervenções dentre outros.
Temos ainda que transpor desafios, o desafio do diálogo aberto, franco comprometido, mas salientamos que estamos nos construindo enquanto coletivo, temos contradições, dificuldades em sair do individualismo em relação a “minha disciplina”, aos conteúdos pré-estabelecidos, ao aceitar os encaminhamentos do grupo e também sabemos que somos vítimas de um saber fragmentado e individualista que lamentavelmente ainda permanece em nossas escolas.