sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Lembranças da Dª Rosa - Rimas curtas de amor
Obrigada à educadora Angela que nos encaminhou esse trabalho e parabéns a Dona Rosa, que continue nos ensinando sempre!
Meu nome é amar,
meu sobrenome é sofrer,
meu apelido é sonhar,
meu sonho é você.
Seu nome é lindo,
fácil de escrever.
Bom de pronunciar
mas difícil de esquecer.
Se um pingo de chuva for felicidade,
desejo-lhe uma tempestade.
Entre todas manias que tenho ,
uma delas é gostar de você.
Em cada estante um livro
em cada livro um porque,
em cada porque uma resposta
em cada resposta você!
Podem os rios secar
podem as montanhas desabar
mas uma coisa é certa:
nunca vou deixar de te amar.
Quando olhares para o céu, e ver
que vai chover, saiba que são meus
olhos que choram por não te ver.
Eu te desejo duas coisas, TUDO e NADA,
Tudo que te faça FELIZ e nada que te faça SOFRER.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
DATA: 06 A 31 DE OUTUBRO DE 2008
Leia o Edital em: www.indaial.sc.gov.br
PROVAS 13 E 14 DE DEZEMBRO DE 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Relatos dos/as educandos/as do Colégio Municipal
Eu só me estresso com os outros porque eu quero ganhar a conta mas o encarregado não quer me dar!
Meus dias são assim: do trabalho para a escola. Eu faço o EJA - Educação de Jovens e Adultos -porque eu não quis estudar quando podia. Agora estudo e trabalho todos os dias. Quando vou trabalhar, escuto que existem pessoas que gostam de trabalhar lá, eu até entendo que emprego não é fácil de achar, mas lá eu não gosto de trabalhar, não! Vou achar outro emprego em outro lugar, como estamparia, pra ver se me dou melhor na vida!
Segunda-feira...começo o dia com a cabeça parecendo que vai explodir de tanta dor! É a maldita enxaqueca, segundo o que o médico falou.
Gosto do que faço, mas nem sempre corre tudo bem. Têm dias que é melhor nem sair da cama, que dá tudo errado.
Às 9:15h paramos pro café. Muitas vezes tenho vontade de fugir, mas acabo ficando. Às 9:45h tudo volta ao normal. Trabalho até às 14:18h. Saio do trabalho bem cansado e volto pra casa para descansar, pois hoje é só segunda-feira!
Hoje foi um dia puxado para mim. Eu acordei às 4:00h e isso para mim é muito ruim. Eu acho que o trabalhador não deveria acordar este horário.
Na firma que eu trabalho as pessoas estão muito revoltadas com o PPR e o salário, que é muito pouco para sustentar uma família com três pessoas.
O meu serviço envolve produção e por isso hoje estou muito casado. Os meus supervisores querem muita produção. Isso me deixa com raiva.
Hoje comecei o meu dia mal, com muito sono. Dormi poucas horas. Acordei com frio, olhei para fora e estava chuviscando, não deu vontade alguma de ir trabalhar!
Lavei o rosto, tomei um café preto para passar o sono e saí para mais um dia de combate.
- Poxa! A hora não vai passar?
Passaram alguns dias e me obriguei a pedir a conta porque já havia me estressado o bastante. Acho que não é através de pressão que o trabalho irá melhorar.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Poesia Trabalho e Direitos - Silvana Silva (EJA Tancredo Neves)
Esta poesia foi construída pela educanda Silvana Silva, que faz parte da turma de EJA da EBM Tancredo Neves.
Silvana baseou-se nas discussões feitas em sala de aula a respeito das temáticas: Direitos dos/as Trabalhadores/as, Saúde e Segurança do Trabalho e o Papel dos Sindicatos na defesa dos Trabalhadores/as para escrever seu texto.
Parabéns a educanda pela criatividade e aos educadores, por estimularem que Silvana mostre seu talento como escritora!
Trabalho e Direitos
Silvana Silva
Trabalho...
É incrível como essa palavra aparece sempre,
Desde que estamos, ainda, dentro de um ventre.
Uma mãe diz ao marido, ao doutor, S
em nenhum rancor ou ressentimento:
- Essa gravidez tá me dando trabalho!
- Esse parto me deu trabalho!
Realmente essa palavra sempre sai das nossas bocas,
E isso quase nos deixa loucas!
As mulheres, por exemplo, coitadas...
Sempre submissas e recatadas.
Deixando seus interesses de lado,
Pensando sempre em seus amados...
Falar só de mulheres eu não podia
Pois os homens sofrem pra ganhar o pão de cada dia;
Levantando sempre de madrugada
Com a marmita na sacola, pegando a estrada;
Quando tem marmita, ainda bem...
Muitos desses homens nem comida tem!
De sol a sol, de dia ou de noite
No carro, na máquina ou na foice
Eles estão sempre no batente.
Corajosos, felizes e contentes
Mas...um dia, dia de trabalho normal,
Um pobre homem sentiu-se mal.
Os seus colegas sempre diziam
Que trabalhar assim, não podia,
Pois trabalhava de noite e de dia.
E o trabalhador doente, na sua agonia
Deitado na terra fria.
- O que fazer?
- Não sei!
- Nesse país não tem lei!
Um doutor que vinha passando
A conversa ficou escutando
E os amigos continuaram conversando,
E a melhora do amigo ficaram esperando.
O doutor na conversa chegou:
- Prestei atenção no que você falou!
Os amigos em silêncio ficaram
E a explicação do doutor escutaram:
- Existe o sindicato e a lei trabalhista,
Para o agricultor, o mecânico ou a diarista.
- Não importa no que trabalha,
A lei demora, mas não falha.
O doente, agora sentado
Ficou ouvindo tudo calado.
Quer dizer que a lei existe? - um trabalhador ainda insiste!
Respondeu o doutor, sem demora:
- Vocês devem procurar seus direitos agora!
Os trabalhadores agradeceram,
Ficaram felizes com o que aprenderam.
Juntos o “tal sindicato” foram procurar,
Acreditando que a lei iriam encontrar.
Mas essa é outra história
Que outro dia eu vou contar
Sobre a justiça e a injustiça
Que pra vocês vou relatar.